quarta-feira, 31 de março de 2010

ENGENHEIRO DE ALIMENTOS


Um açúcar natural que não engorda. Sonho de todos os que se preocupam com a saúde e a forma, é esse produto milagroso o alvo perseguido por engenheiros de alimentos da Unicamp, em São Paulo. Desenvolvida em parceria com a Usina da Barra, a pesquisa está bem adiantada. "Descobrimos um fungo, chamado Aspergillus niger, que gera um enzima que age sobre a sacarose da cana e impede que ela seja assimilada pelo organismo", conta a professora Gláucia Pastore, da equipe da Unicamp. O cuidado com a alimentação saudável, por sinal, está em alta no país. Basta dar um olhada nas prateleiras dos supermercados para constatar que a cada dia aumenta a produção e o consumo de alimento light ou diet. "Nosso grande desafio nesta virada de século é desenvolver produtos cada vez mais benéficos e naturais", diz Gláucia.
Toda comida industrializada - do biscoito à feijoada em lata, do cereal ao salgadinho - assa pelas mãos desse profissional. Na fábrica, ele se encarrega das várias etapas de sua realização, do recebimento da matéria-prima ao controle de qualidade do resultado final. Pode, ainda, participar do projeto de equipamentos ou do desenvolvimento de embalagens. "A pedido do departamento de marketing da empresa, testo o material a ser usado para acondicionar o alimento", conta Antônio Cabral, gerente de tecnologia da Santista Alimentos, em São Paulo. "A embalagem é muito importante: precisa ser de fácil manuseio, proteger a comida da contaminação e garantir a durabilidade."
Nos laboratórios, o engenheiro de alimentos elabora novas receitas, testa o valor nutricional, o sabor, a cor e a consistência dos produtos e determina os conservantes a ser adicionados. Para isso, ele tem de unir conhecimentos de engenharia, bioquímica, nutrição e biologia. E, de quebra, entender de administração e marketing.


O mercado

Controle de qualidade - com a realização de análises fisico-químicas e microbiológicas que garantam a integridade da produção - e pesquisa e desenvolvimento de produtos livres de substâncias que prejudicam o organismo, como colesterol, gordura e açúcar, são as áreas mais promissoras. A abertura de novas fábricas alimentícias abre frentes de trabalho nas regiões Nordeste e Centro-Oeste.


Em alta: Controle de qualidade.


O curso

Biologia é peso pesado no currículo, que inclui muita matemática, física, química e estatística nos dois primeiros anos. No terceiro vêm as matérias específicas, como conservação, embalagem, secagem e congelamento. Disciplina optativas encaminham o aluno para um setor específico da indústria, como cereais, frutas e legumes, pão, carne e bebidas.


 Duração média: cinco anos.

terça-feira, 30 de março de 2010

ENGENHEIRO NAVAL


Apesar de ter 8 000 quilômetros de litoral e alguns dos maiores rios do mundo, o Brasil não é conhecido por sua indústria naval. Algumas décadas atrás, os estaleiros em funcionamento no país respondiam por 7% da produção mundial de embarcações de grande porte. Na década de 80, contudo, quando o governo parou de subsidiar o setor, o encolhimento foi considerável. Mas há perspectivas para quem tem interesse em projetar barcos. A navegação fluvial no Brasil está crescendo: o governo tem planos de interligar o país por meio de hidrovias, e o transporte de carga pelos rios deve aumentar bastante até 2 010, especialmente pelo Mercosul Hidroviário - a rota de 7 000 quilômetros que liga o centro-oeste, o sudeste e o sul do Brasil à Argentina, ao Uruguai e ao Paraguai.
Ao projetar uma embarcação, o engenheiro naval estuda o tipo de viagem em que ela será utilizada, os rios pelos quais passará, o número de passageiros e a quantidade de carga. Tudo isso vai influir na capacidade de armazenamento de combustível e víveres, por exemplo. Durante a construção, caso a embarcação seja fluvial, ele faz também o orçamento e supervisiona a obra. No trabalho em grandes estaleiros, o engenheiro naval costuma restringir-se a uma única área, como estrutura, elétrica ou motores.
Por conhecer o funcionamento de estruturas flutuantes, esse profissional é utilizado para desenvolver projetos de construção de plataformas marítimas de exploração de petróleo e trabalhar em sua manutenção. "Grande parte dos formados recentemente trabalha nas plataformas flutuantes da Petrobras. Os grandes estaleiros fecharam e os que ainda restam só funcionam para fazer preparos de embarcações", conta Sylvio Henrique da Silva, responsável, na Petrobras, pela exploração de petróleo em águas profundas.



O mercado

"Há oportunidades nas atividades de transporte fluvial, em razão da expansão do comércio por rios", diz Joaquim Carlos Teixeira Riva, diretor de hidrovias e desenvolvimento regional da Companhia Energética de São Paulo. Outro bom campo é o de projeto e construção de plataformas marítimas. É raro o trabalho em projetos de grandes embarcações. Nesse setor, a atuação limita-se a reparos e manutenção de navios. 


O curso

O aluno começa pelas matérias teóricas, como matemática, física, química, economia e ciências da computação. A partir do terceiro ano, a formação inclui, entre outras disciplinas, teoria de projeto de embarcações e sistemas oceânicos, hidrostática, hidrodinâmica, tecnologia de construção e de materiais. Duração média: cinco anos.


Matérias
- Arquitetura Naval
- Máquinas Marítimas
- Materiais de Construção
- Tecnologia da Construção Naval
- Tecnologia Mecânica
- Termodinâmica

segunda-feira, 29 de março de 2010

MERGULHADOR


O que é ser um mergulhador?

O mergulhador é o profissional que pratica o mergulho aquático como meio de vida. Existem três tipos de mergulho: o mergulho livre, no qual o profissional não utiliza aparelhos para a respiração; o mergulho autônomo, no qual o profissional carrega consigo aparelhos para respiração e tubos de oxigênio; e o mergulho dependente, que é aquele em que o suprimento de ar fica na superfície. O mergulho dependente é exclusivo dos profissionais, uma vez que a profundidade é muito grande, necessitando, assim de técnicas de mergulho e descompressão adequadas.

Quais as características desejáveis para ser um mergulhador?

Para ser um mergulhador é necessário que o profissional seja muito responsável e prudente, pois qualquer erro ou falta de técnica no meio de um mergulho pode ser fatal. Outras características interessantes são:
  • dinamismo
  • dedicação ao treinamento
  • autocontrole
  • força física
  • boas condições pulmonares
  • autoconfiança

Qual a formação necessária para ser um mergulhador?

Para ser um mergulhador profissional é necessário que o candidato se especialize em cursos especiais de mergulho, onde ele aprende todas as técnicas necessárias, estuda tabelas de mergulho, procedimentos de emergência e aprende a manusear os equipamentos especiais. Qualquer pessoa pode fazer o mergulho livre, basta realizar um curso básico, e estar sempre acompanhada de um mergulhador profissional. Nessa modalidade, há equipamentos que garantem a respiração subaquática, que depende basicamente da capacidade pulmonar do mergulhador e de sua resistência física e emocional. Há também, dentro do mergulho livre, o mergulho contemplativo, que consiste na apreciação do ambiente aquático. O mergulho autônomo permite que a pessoa permaneça debaixo da água por mais tempo, por isso, há idade mínima de doze anos, porém, também, sempre acompanhado de instrutor, ou seja, um mergulhador profissional. Já o mergulho dependente é reservado à profissionais.

Principais atividades

  • realizar exercícios físicos e treinamentos específicos diariamente
  • checar o equipamento de mergulho
  • se necessário, realizar a manutenção do mesmo
  • preparar e instruir todos que participarão do mergulho
  • durante o mergulho, caso o profissional esteja trabalhando como coordenador de mergulho, auxiliar e instruir o iniciante 
  • se preparar para competições, se for o caso, reforçando o treinamento e cuidando mais da alimentação, juntamente com um nutricionista e uma equipe técnica

Área de atuação e especialidades

O mergulhador profissional pode trabalhar no auxilio de pesquisas biológicas ou oceanográficas, também pode se dedicar como instrutor de mergulhos, dando aulas para quem quer aprender a atividade, ou até mesmo, como coordenador de passeios turísticos. O profissional também pode se dedicar inteiramente à profissão, participando de competições de mergulho.

Mercado de trabalho

O mercado de trabalho para o profissional do mergulho competitivo é restrito, uma vez que, para competir, é necessário patrocínio de empresas privadas, ou auxílio governamental. Já no setor de coordenação de mergulhos, que é movido pelo principalmente turismo, o mercado é mais amplo.

Curiosidades

Já na Antigüidade, muitas aventuras submarinas foram contadas por grandes pensadores. O historiador grego Heródoto já relatava que o imperador Xerxes havia organizado expedições para buscar nas profundezas do oceano, tesouros persas submersos. Narrou também, o filósofo grego Aristóteles, a descida de Alexandre, o Grande, em um sino de mergulho primitivo para observar a vida marinha. Porém, o primeiro homem a mergulhar com segurança e conforto foi o padre italiano Giovanni Alfonso Borelli, em 1679. O seu mergulho com um traje impermeável feito de couro e untado de sebo, foi uma tentativa de reduzir o frio. O primeiro aparelho de respiração autônoma foi criado em 1899, pelo francês Besnoit Rouquayrol, porém, faltava uma válvula para equilibrar a alta pressão existente no fundo do mar. A solução só foi encontrada em 1943, pelo francês Jacques-Yves Cousteau, que na época vivia no sul da França e praticava caça submarina como meio de vida. Ele e o engenheiro Emile Gagnham aperfeiçoaram o aparelho de Rouquayrol com uma válvula de alta pressão e batizaram de aqualung.

sábado, 27 de março de 2010

PILOTO DE AVIÃO

Piloto de avião tem rotina de top model . Seu ritmo de trabalho é duro: nada de Natal, Ano Novo, feriados. O cotidiano é passado sob constante mudança de fuso horário, com exposição a níveis de ruído e de radiação cósmica que perturbam o organismo. Também nada de abusar de álcool, empanturrar-se de comida ou passar noites em claro. Saúde perfeita é requisito fundamental nesse profissional. Afinal, ele tem de controlar máquinas voadoras a 950 km/h e a 10 000 metros do chão, com a responsabilidade pela integridade de centenas de passageiros .

Manipular os equipamentos computadorizados das modernas naves faz parte da tarefa do comandante. Ele deve ainda dominar as rotas aéreas, cuidar da comunicação com as torres de comando, orientar a tripulação e manter a calma dos passageiros em momentos de crise. Para isso, equilíbrio emocional é essencial. "Depois de formados e no exercício da atividade, somos submetidos a uma constante avaliação", diz Pedro Goldenstein, comandante internacional da Varig. A cada ano são duas provas em simuladores de vôo e outras duas sobre os regulamentos de tráfego aéreo e os equipamentos do avião, além do check-up de saúde anual - que, dependendo do resultado, pode encerrar prematuramente um carreira.


O mercado
Céu de brigadeiro para quem embarcar nessa viagem. Dos 160 pilotos formados até 1998, 150 estão empregados. Entre 1997 e 1998, os vôos interestaduais e internacionais no Brasil cresceram 12,3% e os regionais, 45%. A TAM está recebendo jatos Airbus 330 para rotas internacionais. E a Varig tem contrato assinado com a fábrica de aviões Boeing para receber 39 aparelhos até 2003. Com isso, o Departamento de Aviação Civil (DAC) estima que o tráfego aéreo no Brasil aumente 70% até 2010.


O curso
Para ingressar, além de passar no processo seletivo, você deve ter o brevê de piloto privado com, no mínimo, 35 horas de vôo. Na faculdade são mais 200 horas voando, por instrumentos e em aviões com mais de um motor. A teoria engloba física, matemática, psicologia, técnicas de pilotagem de jato e navegação aérea. Além disso, administração e planejamento do transporte aéreo preparam o profissional para o gerenciamento de empresas.


 Duração média: três anos.

sexta-feira, 26 de março de 2010

ENGENHEIRO AGRIMENSOR


Vinte e quatro horas por dia, os satélites ligados à rede mundial GPS (Global Positioning System, em português sistema de posicionamento global) enviam para a Terra dados precisos e em três dimensões de toda a superfície do planeta. Graças à GPS é possível mapear culturas agrícolas, malhas hídricas, recursos naturais, localizar áreas desmatadas e detectar até movimentação de veículos e tropas em terrenos. Esse desenvolvimento da informática e das telecomunicações está revolucionando a atividade do engenheiro agrimensor, já que a topografia convencional vem sendo substituída pela digital. Segundo o professor Fernando Alves Pinto, coordenador do curso da UFV, em Minas Gerais, "atualmente, a coleta de dados em campo é feita por meio da estação total, que é computadorizada, e dos satélites GPS".
Com ou sem a ajuda da tecnologia, a principal atribuição do engenheiro agrimensor é descrever as dimensões do terreno, levantando informações sobre a superfície, o relevo e os contornos físicos da área, para que uma obra possa ser erguida. Sem ele, o projeto do arquiteto e os cálculos do engenheiro não saem do papel. Esse profissional também define as estruturas, faz os cálculos das fundações e detecta a necessidade ou não de se fazer aterros para a construção de aeroportos, hidrelétricas, barragens, redes de água e esgoto, linhas de transmissão de energia e de telecomunicações. Na implantação de um loteamento, por exemplo, cabe a ele pesquisar os pontos que delimitam cada terreno, que serão usados como referência para sua representação na planta. O profissional poderá, ainda, especializar-se em levantamentos topográficos sobre o meio ambiente.



O mercado

"Em alta a área de peritagem judicial e de avaliação", garante Emílio Fares, presidente da Associação Profissional dos Engenheiros Agrimensores de São Paulo. "O mercado de trabalho é vasto em prefeituras e empresas de serviços em topografia, em virtude da carência de mapas", afirma Fernando Pinto, da UFV.

O curso


Nos dois primeiros anos, física, matemática, química e computação são matérias fundamentais. A partir do terceiro, começam as aulas de aerofotogrametria e o treinamento de cálculo e medição. Você aprenderá tecnologia de satélites e vai utilizar equipamentos eletrônicos de medição de distância, ângulos e relevo. Para a formatura, o estágio é obrigatório. Duração média: cinco anos.


Matérias
- Astronomia de Campo
- Cálculo Diferencial
- Cálculo Integral
- Cálculo Numérico
- Cálculo Vetorial
- Desenho a mão livre
- Desenho Geométrico
- Desenho Técnico
- Direito e Legislação de Terra
- Economia
- Estatística
- Estradas
- Física
- Geodésia
- Geologia
- Geometria Analítica
- Geometria Descritiva
- Mecânica
- Obras Hidráulicas
- Organização e Administração de Empresas
- Topografia
- Traçado das Cidades

quinta-feira, 25 de março de 2010

PEDAGOGO


O QUE FAZ - É o profissional responsável pela administração e pela condução dos assuntos referentes à educação. Pode se especializar em duas áreas: Magistério e Administração. O Pedagogo estuda, desenvolve e aplica métodos didáticos que visam garantir a eficácia do processo ensino/aprendizagem. Acompanha o cumprimento das normas legais nos estabelecimentos de ensino. Visa a formação do aluno.

CAMPO DE TRABALHO

Administração Escolar – Planejamento, organização e controle do ensino em escolas de ensino fundamental e ensino médio. Atua também no gerenciamento das instalações e dos recursos humanos, materiais e financeiros, além da orientação de professores, aperfeiçoamento do ensino e elaboração do currículo e do calendário escolar.

Educação Especial – Atua junto a alunos excepcionais, deficientes físicos e mentais. Seu objetivo é desenvolver habilidades básicas da comunicação. Trabalha com fisioterapeutas, lingüistas, neurologistas e psicólogos.

Ensino – Alfabetização de crianças na pré-escola ou de adultos em programas especiais. Pode ser professor de turmas iniciais do ensino fundamental ou lecionar matérias específicas do ensino fundamental e ensino médio.

Orientação Educacional – É responsável pela assistência ao estudante de ensinos fundamental e médio no desenvolvimento da personalidade.

Supervisão Escolar – Planejamento das etapas do processo de ensino; orientação de professores. Pode também trabalhar em secretarias de Educação.
REGULAMENTAÇÃO - Lei 9.394 de 20/12/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação). O registro profissional varia de acordo com a habilitação: o Orientador Educacional deve comprovar um ano de experiência como professor; o Administrador, Inspetor e Supervisor Escolar deve comprovar experiência de seis meses e o especialista em Magistério pode obter o registro para ministrar até três disciplinas no ensino médio e mais uma no ensino fundamental.

DURAÇÃO - 4 anos, incluindo um estágio supervisionado obrigatório de 110 horas ou 5% da carga horária plena.
CONTEÚDO - Filosofia, Sociologia e História da Educação fazem parte do currículo básico. O aluno estuda também a estrutura do sistema escolar, métodos de atuação no primeiro e segundo grau, além de alfabetização pré-escolar. Orientação Vocacional para adolescentes também faz parte do aprendizado.
TITULAÇÃO - Licenciado em Pedagogia com habilitação em Administração Escolar, Inspeção Escolar, Educação de Deficientes Visuais, de Audiocomunicação e Mentais, Magistério – pré-primário, classes de alfabetização, séries iniciais do ensino fundamental, Matérias Pedagógicas do ensino médio, Orientação Vocacional, Supervisão Escolar.

quarta-feira, 24 de março de 2010

ENGENHEIRO DE PRODUÇÃO


O que faz um engenheiro de produção em um parque de diversões? Se você respondeu que ele só leva os filhos para se divertirem, errou. "Eu participei da padronização de todos os processos de operação do parque", conta, feliz, o engenheiro Armando Marchesan Neto, que trabalha no Playcenter de Vinhedo, no interior de São Paulo. Isso significou planejar o número de funcionários e de guichês de venda de ingressos, para evitar longas filas, definir a função dos atendentes e determinar as escalas de trabalho, a fim de que o parque funcione direito tanto nos feriados super-lotados quanto em temporadas de baixo movimento.
A engenharia de produção habilita o profissional a atuar na área de serviços, como é o caso de lazer e turismo, e na produção industrial. Nos dois casos, ele estuda a maneira mais adequada de integrar mão-de-obra e equipamentos, com o objetivo de conseguir a melhor rentabilidade.
Depois que o engenheiro de produção define os programas e cronogramas das atividades de uma empresa, entra em cena o engenheiro industrial. A ele cabe organizar e supervisionar todas as etapas do processo produtivo, desde a chagada da matéria-prima na fábrica até o controle de qualidade do produto final. A diferença entre os dois engenheiros é sutil: enquanto o de produção planeja processos, o industrial administra na prática seu funcionamento e se encarrega de aperfeiçoá-lo, otimizando a produção.



O mercado
Grande parte das indústrias brasileiras precisa passar por um planejamento rigoroso para racionalizar recursos e custos de produção. Por isso, há um mercado fabuloso para o engenheiro de produção", diz o professor Milton Vieira Júnior, coordenador do curso da Unimep, em São Paulo. Na área de engenharia industrial, são muitas as oportunidades para os especialistas em novas tecnologias, como fabricação automotizada.


O curso
Nos três primeiros anos de ambos os cursos, muita matemática, física, química e computação. Em engenharia de produção, nos dois últimos anos as matérias são ligadas à especialização escolhida: civil, elétrica, mecânica, minas, química ou têxtil. No curso de engenharia industrial, o aluno tem disciplinas voltadas para a elétrica ou a mecânica. Duração média: cinco anos.

terça-feira, 23 de março de 2010

COACHING (TREINADOR)


O que é ser um coach?

Coaching é a profissão que vem da palavra coach, que em inglês significa treinador. O coach é o profissional que atua tanto no campo pessoal, quanto no profissional, oferecendo aos clientes suporte e instrução para que se desenvolvam rapidamente e produzam resultados mais satisfatórios. O profissional de coaching é responsável por motivar e encorajar os clientes, tratar de aspectos humanos e mentais, oferecer informações válidas, transmitir técnicas e conhecimentos, além de estabelecer opções baseadas no comprometimento pessoal com o seu projeto. Pessoas em fase de mudança de carreira ou de rumo de vida, que buscam apoio e rendimento em áreas específicas buscam no coach auxílio nas tomadas de decisão. Atualmente os jovens também requisitam os serviços desse profissional, devido à grande cobrança da sociedade sobre eles. Em síntese, o coach é o profissional que define os objetivos e traça as metas visadas pelos clientes, avalia suas forças e fraquezas, bem como define os pontos que contribuem e os que impedem a realização do projeto, tanto no cliente, como no cenário que ele está inserido, a fim de definir um plano que alcance os objetivos desejados.

Quais as características necessárias para ser um coach?

Para ser um coach, além dos conceitos transmitidos através do curso preparatório, é necessário o conhecimento de conceitos de psicologia e recursos humanos, e técnicos da área em que o coach atuará (administrativa, esportiva, espiritual, bem-estar, etc.), o domínio do idioma inglês também é importante. Outras características necessárias a um coach são:
  • capacidade de observação
  • detalhismo
  • habilidade para lidar com as pessoas
  • clareza verbal e de idéias
  • visão de projeto
  • disciplina
  • bom-senso
  • comprometimento
  • capacidade de avaliar situações e de analisar comportamentos humanos
  • compreensão
  • flexibilidade
  • capacidade de diagnóstico
  • habilidade de contratação (para coach empresarial)
  • capacidade de distinguir forças e fraquezas dos seres humanos
  • habilidade para analisar pontos positivos e negativos de um projeto
  • realismo
  • sinceridade e honestidade
  • capacidade de reconhecimento de erros e acertos
  • otimismo
  • distanciamento emocional

Qual a formação necessária para ser um coach?

Por ser uma profissão relativamente nova no mercado, ainda existem poucos cursos de coaching no Brasil. Muitos profissionais ainda se formam em Psicologia ou Recursos Humanos e depois se especializam em coach. O ideal é procurar um curso credenciado e certificado, de preferência no ICF (International Coach Federation), que oferece ao aluno grandes oportunidades de aprendizado, e formação abrangente para o coaching empresarial e pessoal. A escolha de um bom coach é imprescindível para o sucesso do projeto, portanto a experiência profissional também é um ponto forte na profissão. É também um diferencial para o profissional o domínio do idioma inglês, e a constante atualização por meio de cursos e workshops teóricos, para se atualizar sobre novas técnicas de encorajamento e motivação, além de se inteirar das novidades do mundo profissional.

Principais atividades

Basicamente, o trabalho do coch está baseado em três pilares: a meta, os valores e as crenças do cliente. Para meta entende-se: o que você quer e como alcançar. Valores são idéias subjetivas, como honestidade, saúde, responsabilidade, família, e podem ou não dar suporte às metas; o coach incentiva o cliente a conhecê-los e trabalha com os valores que entram em contradição com as metas, buscando um lugar-comum. Finalmente, as crenças são basicamente o que o cliente acredita sobre si, suas capacidades, sobre o seu trabalho e sua vida. Tais crenças podem ser limitantes ou possibilitadoras, e o coach irá trabalhar para reforçar as positivas no sentido de incentivar o alcance das metas.
De maneira geral, o coach:
  • caracteriza o tipo de serviço a ser prestado
  • descreve os limites de alcance do trabalho
  • estabelece metas junto ao cliente
  • estabelece um plano para atingir essas metas
  • obtêm informações sobre o cliente ou do empreendimento, suas características e história de vida
  • analisa os pontos fortes e as fraquezas do cliente
  • analisa as condições e elabora um relatório de características positivas e negativas do cliente ou do cenário que ele está inserido, traçando um plano para o alcance das metas
  • aborda aspectos logísticos do projeto
  • motiva e encoraja os clientes
  • transmite informações válidas, conhecimentos e técnicas interessantes
  • troca experiências de vida com o cliente, sendo sempre produtivo para ambos
  • garante estabilidade e confiança na sua relação com o cliente

Áreas de atuação e especialidades

O coach trabalha com a idéia de que é necessário vencer um "oponente" interno (medos, condicionamentos prejudiciais, limitações técnicas e mentais). O coach pode trabalhar tanto na área profissional, quanto na pessoal. Algumas especialidades conhecidas são:
  • coaching para a criação de habilidades: é a especialidade que trata da necessidade de adquirir determinados conhecimentos, habilidades, capacidades e perspectivas
  • coaching para melhoria de desempenho: visa a melhoria do desempenho do executivo em diversas áreas
  • coaching para desenvolvimento: especialidade que visa a preparação do executivo para outro cargo, em caso de promoção ou de remanejamento de quadro de funcionários
  • coaching para desenvolvimento de liderança: especialidade que visa promover no profissional a criação de um espírito de liderança, além de trabalhar com as características pessoais mais marcantes do profissional, adequando-o ao papel de líder
  • coaching para a melhoria da eficácia da equipe: essa especialidade trabalha com a equipe, analisa as características do grupo, elabora planos desenvolver uma equipe mais integrada e harmoniosa, bem como analisa a produtividade e o aproveitamento da equipe
  • coaching para facilitação de transições: especialidade que visa a preparação do profissional para algum tipo de transição na carreira ou na vida, adequando-o a próxima fase da vida ou da carreira
  • coaching para a melhoria da saúde / bem-estar: especialidade que visa a melhoria da qualidade de vida do cliente, analisando fatos da vida pessoal e profissional
  • aconselhamento de carreiras: especialidade de coaching que trabalha com o aconselhamento de profissionais, analisando suas características e auxiliando-os nas escolhas necessárias
  • coaching de vida: especializa-se na identificação de valores e crenças possibilitadoras e limitantes do cliente em relação ao equilíbrio dos oito quadrantes da chamada "roda da vida": meio ambiente físico (arredores e bens); saúde; carreira; relacionamentos; romance; autodesenvolvimento e espiritualidade; finanças e diversão e recreação.

Mercado de trabalho

O mercado de trabalho para o coach é amplo, pois esse profissional pode atuar tanto na vida pessoal quanto na profissional do cliente. No aconselhamento profissional, o coach pode trabalhar em todas as áreas, atuando na gestão e acompanhamento de carreiras. Atualmente, os jovens também fazem parte do público- alvo dos coachs, devido à grande pressão exercida pela sociedade e pelo mercado competitivo, embora as grandes empresas e corporações ainda sejam os maiores empregadores. Com a competitividade cada vez mais acirrada, o profissional de coaching ganha grande espaço no mercado.

Curiosidades

Coach, é uma palavra que vem do inglês e significa treinador, ou coche do francês, ou kutche do alemão, ou kocsí do húngaro. A expressão coaching foi utilizada pela primeira vez na cidade húngara de Kocs, para designar "carruagem de quatro rodas". Porém, na gíria universitária de origem norte-americana, essa expressão significava um "tutor particular", que ajuda os alunos em épocas de provas, instrutor, treinador de atletas, atores ou cantores. Atualmente, a expressão coaching é uma profissão, que cuida da gestão e do acompanhamento de carreiras e da motivação dos profissionais.

domingo, 21 de março de 2010

ENGENHEIRO CARTOGRÁFICO



Controlar os focos de uma epidemia que se alastra por uma cidade não é tarefa só para agentes sanitários. O engenheiro cartográfico também é muito importante no combate à disseminação de doenças. Nesse caso, ele usa o mapeamento dos bairros urbanos para cruzar os focos epidêmicos com dados estatísticos, como a população do local, o número de postos de saúde, as condições de moradia e o saneamento básico, a fim de ser elaborado um plano de atendimento que seja realmente eficaz. Basicamente, a engenharia cartográfica atual utiliza as técnicas de processamento de mapeamentos da superfície urbana e rural para permitir a coleta, a classificação e a análise de dados e informações sobre eventos naturais e sociais de áreas determinadas", afirma o professor João Fernando Custódio da Silva, coordenado do curso da Unesp de presidente Prudente, em São Paulo.
O engenheiro cartográfico planeja e orienta a execução de projetos de mapeamento, além de trabalhar na digitalização das imagens obtidas. Para isso, usa fotos aéreas, de satélites, sensoriamento remoto, levantamentos topográficos e análises de latitude e longitude. De posse desses dados, que são inseridos em computadores, ele consegue fazer uma representação gráfica de uma região rigorosamente fiel à realidade. Ao criar mapas detalhados, viabiliza o trabalho de várias especializações da engenharia e até o de outras profissões. O geólogo, por exemplo, precisa de uma carta topográfica para localizar uma falha geológica em uma região, e o agrônomo não consegue conhecer corretamente o potencial de produtividade de uma propriedade se não tiver um mapa preciso da área.



O mercado

O levantamento cartográfico para controle ambiental e desenvolvimento econômico e social, como o crescimento urbano, deve aumentar a oferta de empregos nos próximos anos. Há oportunidades também nas empresas de levantamentos aerofotogramétricos, topográficos, mapeamento e cadastro.

Em alta: Sistemas de informações geográficas.


O curso

Além de matemática, prepare-se para estudar muita física e química. Entre as matérias profissionalizantes estão astronomia, topografia e geodésia. Em aulas práticas, você vai aprender a usar receptores de imagens por satélite e estações totais. Nelas, também será adestrado a analisar informações geográficas e a interpretar imagens. 


Duração média: cinco anos.

TECNÓLOGO EM HORTICULTURA

Descrição: Teoria e prática do cultivo de flores, frutas e hortaliças; administração de uma propriedade, desde o plantio até a venda dos produtos.


 Os tecnólogos em horticultura atuam no gerenciamento de propriedades.


 Duração: 2 anos e 8 meses


.Atuação: floriculturas


 Perfil: interesse por flores, fenônemos químicos e biológicos

sábado, 20 de março de 2010

AUDITOR



O que é ser um auditor:

Auditor é o profissional que examina cuidadosamente com o objetivo de averiguar se as atividades desenvolvidas em determinada empresa ou setor estão de acordo com as disposições planejadas e/ou estabelecidas previamente, se estas foram implementadas com eficácia e se estão adequadas à consecução dos objetivos. O auditor pode ser externo ou interno. Atualmente, o auditor interno tem a função de fiscalizar os processos da organização, analisando os procedimentos para determinar quais são mais produtivos e adequados às áreas. Já o auditor externo tem como tarefa principal analisar e validar as contas e saldos de balanço. Além disso, distribui-se em várias ramificações: auditoria de sistemas, auditoria de recursos humanos, auditoria da qualidade, auditoria de demonstrações financeiras, auditoria jurídica, auditoria contábil, etc


Características necessárias para ser um auditor:
É muito importante, na profissão de auditor, exercer as funções com honestidade, sempre de acordo com as leis e os interesses dos clientes. Além disso, outras características interessantes são:
  • integridade
  • responsabilidade
  • confiabilidade
  • ser organizado
  • ser ético
  • ser flexível
  • ser dedicado
  • estar em constante atualização
  • gostar de cálculos matemáticos
  • postura crítica
  • segurança diante problemas
  • capacidade de lidar com o stress do trânsito
  • disciplina
  • comprometimento
  • honestidade
  • disponibilidade para viagens
  • ter conhecimentos básicos de informática


 FORMAÇÕES NECESSÁRIAS PARA ESPECIALIZAÇÃO:

Para trabalhar na área de auditoria é preciso ter diploma de graduação de curso superior em Ciências Contábeis. O curso tem a duração de quatro anos e exige que o estudante goste de matemática. Entre as disciplinas do currículo, estão: análise de balanço, técnicas contábeis, estatística, contabilidade geral e comercial, direito tributário e auditoria. Além disso, é importante saber falar inglês. O profissional para exercer a profissão deve estar registrado no Conselho Regional de Contabilidade (CRC de sua região). Os auditores que pretenderem auditar entidades de capital aberto e aquelas que operam no mercado financeiro sujeitas ao controle do Banco Central do Brasil, devem estar registrados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).


PRINCIPAIS ATIVIDADES

  • elaborar e analisar demonstrações contábeis de empresas de diversos segmentos
  • revisar procedimentos de controle interno
  • elaborar relatórios
  • negociar em Bolsa de Valores
  • avaliar o ambiente de controle interno
  • auditar as contas com o objetivo de emitir um parecer dos auditores independentes
  • prestar contas das entidades de direto público


ÁREAS DE ATUALIZAÇÃO E ESPECIALIDADES

O auditor pode atuar tanto no setor público como no privado, principalmente nas multinacionais. Nas empresas, normalmente ele começa em um escritório de auditoria externa, e com o decorrer do tempo, alguns profissionais tornam-se se auditores internos de grandes corporações. 
Especializações:
  • contador geral
  • controlador
  • contador judicial
  • contador de Prefeituras e outros órgãos da administração indireta 
  • oficial contador
  • auditor independente ou externo: profissionais da mais alta importância por exercerem o papel de controladores externos. Os acionistas das sociedades anônimas de capital aberto, por meio dos auditores independentes, fiscalizam as contas administrativas da empresa
  • Auditor contábil: verifica se as contas consignadas no balancete ou balanço expressam a realidade. Seu parecer sobre as demonstrações é como um certificado de que o balanço contábil está correto
  • Auditor trabalhista: deve conhecer profundamente as leis, a previdência, as normas de segurança e medicina de trabalho, e os controles internos da área de Recursos Humanos
  • Auditor fiscal (ICMS e IPI): averigua o correto cálculo e recolhimento do IPI, ICMS, ISS, CIDE etc
  • Auditor tributário (IRPJ, CSSL, PIS, Cofins e outros impostos): entra em ação após a análise das bases de cálculo do imposto de renda, da contribuição social sobre o lucro, Pis, Cofins e outros impostos
  • Auditor gerencial (controles internos e área financeira): verifica a segurança das transações da empresa quanto aos seus controles de caixa, contas a pagar e a receber, estoques, faturamento, vendas, suprimento, recebimento de mercadorias, orçamento, compras etc
  • Auditor de demonstrações financeiras
  • Auditor de gestão
  • Auditor interno: os maiores empregadores são os bancos, que contratam também economistas e advogados para essas funções
  • Auditor ambiental


MERCADO DE TRABALHO

O espaço para os auditores está crescendo rapidamente no país. As razões são várias, mas a principal é a chegada de investidores estrangeiros, que forçam a profissionalização cada vez maior das empresas, como o controle de gastos por parte dos executivos e dos impostos pagos. Por isso, quem investe nesse segmento vê perspectivas interessantes se abrindo. O profissional de auditoria pode trabalhar em empresas especializadas. Além disso, é possível atuar em empresas que mantêm um departamento específico para cuidar dos procedimentos internos. Já a auditoria externa deve ser feita por terceiros, garantindo assim a idoneidade do processo. A profissão é um dos melhores caminhos para o profissional formado em Ciências Contábeis.


CURIOSIDADES

É difícil precisar quando começa a história da auditoria, pois toda a pessoa que possuía a função de verificar a legitimidade dos fatos econômico-financeiros, prestando contas a um superior, pode ser considerada como auditor. Os imperadores romanos nomeavam altos funcionários que eram encarregados de supervisionar as operações financeiras de seus administradores provinciais e lhes prestar contas verbalmente. Na França, no século III, os barões tinham que realizar leitura pública das contas de seus domínios, na presença de funcionários designados pela Coroa. Na Inglaterra, por ato do Parlamento, o rei Eduardo I dava direito aos barões de nomear seus prepostos. Ele próprio mandou verificar as contas do testamento de sua falecida esposa. A aprovação desses auditores é atestada em um documento que constitui um dos primeiros relatórios de auditoria, denominado "probatur sobre as contas". No Brasil colonial, tínhamos a figura do juiz colonial, o olho do rei, que era destacado pela Coroa portuguesa para verificar o correto recolhimento dos tributos para o Tesouro, reprimindo e punindo fraudes. Mas o grande salto da auditoria ocorreu após a crise econômica americana de 1929. No início dos anos 30, é criado o famoso Comitê May, um grupo de trabalho instituído com a finalidade de estabelecer regras para as empresas que tivessem suas ações cotadas em bolsa, tornando obrigatória a Auditória Contábil Independente nos demonstrativos financeiros dessas empresas.