terça-feira, 20 de abril de 2010

MUSICOTERAPEUTA


A influência dos sons sobre o corpo humano começou a ser percebida na Grécia, no século V a.C., quando o filósofo Pitágoras passou a tratar dementes com sessões musicais. Mas só em 1 950 a música se tornou oficialmente um instrumento terapêutico. "A musicoterapia tem-se mostrado eficaz para prevenir males causados pelo stress, como fadiga, gastrite e dores musculares", afirma o musicoterapeuta paulista Raul Jaime Brabo. As técnicas da profissão servem também para controlar o ritmo respiratório e cardíaco, estimular a percepção, a memória e a capacidade de fixação visual e táctil. "Procuramos produzir qualquer som que possa provocar uma reação orgânica no indivíduo. Afinal, os ruídos estão presentes no organismo, desde as batidas do coração", diz Patrícia Cury, chefe da Clínica de Musicoterapia da Unaerp, em São Paulo.
Não pense que, para seguir essa profissão, você precisa ser um músico de primeira grandeza. "É necessário ter noção de música, de sua evolução, de teoria cultural e conhecer os sons que regem o universo", afirma Brabo. Ao contrário dos países desenvolvidos, que recorrem a técnicas de musicoterapia para melhorar até mesmo o desempenho no trabalho, o Brasil engatinha na requisição desses profissionais. Seu campo ainda está restrito a clínicas de reabilitação e hospitais, onde o musicoterapeuta trabalha no atendimento a crianças, adultos e gestantes.



O mercado

Escolas, hospitais e outras instituições de saúde estão se abrindo para esse profissional. "Há alunos que saem da faculdade já contratados", festeja Patrícia Cury. Montar clínica própria também é uma boa forma de se firmar na carreira. Campos mais novos, como atendimento a pacientes com Aids e câncer, têm-se mostrado promissores. Existem musicoterapeutas trabalhando inclusive na recuperação de pacientes de UTI, e no departamento de recursos humanos de empresas. Os melhores centros continuam sendo Rio de Janeiro e São Paulo, mas no interior começam a surgir boas chances de emprego.


Em alta: Escolas e hospitais


O curso

Você terá matérias de duas grandes áreas: música e medicina. Na parte de música, aprenderá a tocar e cantar, terá aulas de harmonia, ritmo, percepção e musicalização. A científica lhe dará conhecimentos teóricos de neurologia, psicologia e psiquiatria. Boa parte do curso é dedicada à sensibilização física específica à musicoterapia, que trabalha com expressão corporal, atividades criativas e dinâmicas de grupo. O estágio é feito em instituições de saúde e educacionais.

Duração média: quatro anos.

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